quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Fotos da Corte na Feira do Livro
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sexta-feira, 26 de outubro de 2007
A Casa Do Maranhão
Casa do Maranhão
A Casa do Maranhão foi inaugurada em março de 2002, na rua do Trapiche, com a proposta de ser uma vitrine das belezas existentes no Maranhão, inclusive com uma grande exposição da mais conhecida manifestação da cultura popular maranhense: o bumba-meu-boi.
O prédio foi construído por contrato firmado em 10 fevereiro de 1871 entre o presidente da Província do Maranhão, Augusto Olympio Gomes de Castro, e o negociante Francisco Gonçalves dos Reis, cuja construção data, provavelmente, de 1793, conforme inscrição da fachada do prédio.
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terça-feira, 23 de outubro de 2007
Joãozinho Ribiero - artista maranhense
Edições » Ano V » Edição 134Edição 134
Joãozinho Ribeiro marca sua estréia na Literatura Maranhense
Data de Publicação: 13 de junho de 2006
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Artista entra no mundo das letras com um belo livro de poesia
Até que enfim! Depois de 21 anos, finalmente, o gênio artístico de Joãozinho Ribeiro ganha registro sob a forma de um livro, Paisagem feita de tempo, que reúne em 100 páginas o melhor de sua poesia. Poeta e compositor maranhense que ficou famoso como um irrequieto produtor cultural, Joãozinho Ribeiro esperou completar 51 anos de idade, para poder marcar sua estréia na literatura. “Este meu primeiro livro é o registro, a documentação de algo que eu sempre negligenciei, mas que depois cheguei à conclusão de que não tinha mais tempo a perder. São poemas que estavam apodrecendo nas águas da memória, mas os frutos continuam maduros”, afirmou Joãozinho, explicando que seu livro estava praticamente pronto desde o ano de 1985. Com prefácio de Hamilton Faria e apresentação de César Teixeira, o livro, patrocinado pela Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos, com apoio de outras instituições, faz parte de um projeto que inclui o lançamento de um CD e, depois, de um DVD.
Nascido em São Luís, aos 29 dias de abril de 1955, João Batista Ribeiro Filho, o Joãozinho Ribeiro, é atualmente um monstro sagrado da cultura do Maranhão. Autor de uma obra multifacetada e riquíssima, Joãozinho tem cerca de 80 músicas gravadas, porém – para a tristeza de seus admiradores – não possui nenhum disco gravado por ele mesmo. Em razão disso, ele começa a se preparar para o lançamento do CD Coisas que acredito e de um DVD que será intitulado Do ofício de viver e outros vícios.
Por onde passa, cantando suas músicas e tocando violão, Joãozinho é inevitavelmente questionado: onde se encontram seus CDs? Em lugar nenhum. O poeta nunca gravou suas músicas em disco. Optou pela cordialidade afetuosa, a boa vontade prestativa, a coerência suave das amizades, como se tivesse vindo realmente ao mundo com o destino de ser amigo. E foi assim, cercado de amigos, que ele lançou seu primeiro livro em São Luís, no dia 28 de abril de 2006, numa cerimônia que teve lugar na Casa do Maranhão, localizada no tradicional bairro da Praia Grande.
Com a teimosia de quem já viu poucas e boas na vida, voltando sempre ao ponto de partida das idéias que o conquistaram na juventude, Joãozinho fez e faz brilhar várias gerações de maranhenses, e vibra com todas elas. Entrementes, chegou a ser condenado a viver cinco anos, quase consumido por um câncer e depois por uma tuberculose, mas o artista superou o desafiado da vida. Paciente e abnegado, ultrapassou a marca de seu cinqüentenário, como um sujeito hábil e prestativo, que trabalha com a persistência dos perfeccionistas. Poeta, cantor, compositor, advogado e sambista de primeira, Joãozinho está cada vez melhor, principalmente porque, há 51 anos, ele vive disso: de cantar, de fazer poesias, compor músicas, falar, argumentar, seduzir, encantar e convencer. Está sempre subindo uma ladeira. Como um inveterado e apaixonado morador do Centro Histórico, nos becos e escadarias do Desterro e da Praia Grande, com a missão de um cidadão do mundo. Ele não esconde de ninguém que tem um grande apreço por suas origens e gosta de recordar que nasceu no bairro da Coréia, próximo ao Estádio Municipal Nhozinho Santos.
Auto-retrato - Filho de mãe operária, Maria Amália Carvalho Reis, que trabalhava na Santa Isabel, velha fábrica de tecidos, e de um pai oriundo da praia de Jenipaúba, antigo distrito rural de Guimarães, João Batista Ribeiro, o “João Situba”, caboclo da Baixada, descendente da alma africana, que carregava no seu DNA os códigos genéticos do amor à terra, à arte e à liberdade. Hoje, Joãozinho é bem um homem de seu tempo e de sua idade. Com o passar dos anos, transformou-se num dos grandes defensores da cultura maranhense. Autor de músicas como Pegando fogo (gravada por Rosa Reis, no disco Fuzarca), Milhões de uns, Diabo carreteiro, Asas da paixão e Meu baralho, todas destacando personagens da cultura local ou aspectos peculiares do povo da nossa terra, Joãozinho se autodefine como “um moleque matreiro, negro, nascido do ventre de uma operária de fábrica”, quando São Luís vivia o auge do parque fabril, diante da decadência que se avizinhava.
O poeta e compositor teve uma vida bastante peculiar, do ponto de vista não só do artista, mas daquele sujeito pobre, que enfrentou provações marcantes: um câncer aos nove anos, uma tuberculose aos 20 anos e poucos e que viveu a cidade intensamente, com suas ladeiras e azulejos, sobradões e pessoas, e também sobreviveu, que é o mais importante. “Viver a cidade é uma questão de estar no mundo. Sobreviver nela é uma questão muito maior. É se impor aos obstáculos e esses obstáculos acabaram me transportando, precocemente, para outras plagas, como a cidade do Rio de Janeiro”, assinala o poeta, evocando a São Luís da década de 60, na fase inicial da ditadura militar, a época das passeatas históricas e a repressão dos anos 70. Revolvendo toda sua história, e tentando reconstruir, dos escombros da vida, a sua personalidade, Joãozinho recorda que morou nos bairros da Coréia, Diamante, Cavaco, Travessa da Lapa e no coração do Centro Histórico: bairro do Desterro e Rua Afonso Pena. Seus ouvidos de menino já absorviam a magia dos tambores da Ilha, que ressoavam pelo Matadouro, Monte Castelo, Madre Deus e Floresta.
O eco das zabumbas e as cantorias de bumba-meu-boi e dos tambores de mina e de crioula iam-se impregnando na alma do menino. Muito mais ainda quando adolescente, Joãozinho se encantava ouvindo as irradiações animadas das “vozes” – os alto-falantes dos bairros, as rádios comunitárias da época. “Nos bairros em que eu morei – e eu morei em muitos, antes de me aportar no Desterro – existiam aquelas vozes, que eram amplificações de alto-falantes, que prestavam serviço comunitário e ali a música existia, alguém dedicando para alguém. E quando eu me mudei para o Desterro, isso continuou. Havia os cabarés da zona do baixo meretrício. O casarão em que eu morava no Desterro, embora não fosse uma casa de prostituição, era cercado de casas da zona do baixo meretrício. E lá a coisa mais encantadora era a música. Então eu ouvia música, querendo ou não querendo. E isso foi me encantando e reencantando para o mundo”.
Pelas “vozes”, Joãozinho começou a ouvir e a gostar das canções de Anísio Silva, Bienvenido Gandra e Ângela Maria, de cantores de vozeirões impressionantes, como Dalva de Oliveira, Nelson Gonçalves e Vicente Celestino, e de muitos outros cantantes famosos dos anos 60. “A música entrou na minha vida sem pedir licença e ela permanece por uma coisa muito importante: é porque, parece-me – talvez um dia um psicanalista consiga me resolver esta questão – que cada cheiro, cada olhar, cada pessoa com quem eu converso, cada palavra, quando fala aquele termo certo, aciona uma tecla no meu cérebro, que aciona uma música de determinada época – atual, do ano passado ou da década de 50 e não sei explicar porque isso acontece. O cheiro de uma flor, de uma árvore...Então, a música para mim é essência. É perfume. É uma relação de cheiro. É uma coisa muito complicada, que eu não saberia expressar, se não dissesse dessa maneira”.
Joãozinho confessa que já levou muita pancada na vida, porém reage, amando a vida. “Porque a vida bate e a gente rebate. Toda vez que a gente tenta transformar uma pancada da vida em uma atitude amarga, a vida não serve para ser vivida. Ela serve mais quando a gente absorve essa pancada como um lutador de boxe. Quando a vida bate na gente e a gente absorve, ela acaba amando a gente. E a gente também tem esse papel, de amar a vida”. Por isso mesmo, o poeta cultiva, a cada viagem, suas relações com as cidades por onde passa: as pessoas, os buracos, as ruas, as avenidas, as maneiras de ser, as dificuldades, as questões que realizam o artista e fazem com que ele se inspire.
Próximo texto:
Edição 134 O artista que driblou a morte
Índice da edição - Ano V
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Suplemento Cultural e Literário JP Guesa Errante
Email: info@guesaerrante.com.br
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quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Nauro Machado
Ofício
Ocupo o espaço que não é meu, mas do universo.
Espaço do tamanho do meu corpo aqui,
enchendo inúteis quilos de um metro e setenta
e dois centímetros, o humano de quebra.
Vozes me dizem: eh, tu aí! E me mandam bater
serviços de excrementos em papéis caídos
numa máquina Remington, ou outra qualquer.
E me mandam pro inferno, se inferno houvesse
pior que este inumano existir burocrático.
E depois há o escárnio da minha província.
E a minha vida para cima e para baixo,
para baixo sem cima, ponte umbilical
partida, raiz viva de morta inocência.
Estranhos uns aos outros, que faço eu aqui?
E depois ninguém sabe mesmo do espaço
que ocupo, desnecessário espaço de pernas
e de braços preenchendo o vazio que eu sou.
E o mundo, triste bronze de um sino rachado,
o mundo restará o mesmo sem minha quota
de angústia e sem minha parcela de nada.
*************************
Nauro (Diniz) Machado nasceu em São Luís do Maranhão a 2 de agosto de 1935. Um dos poetas brasileiros mais fecundos e importantes de todos os tempos, ainda esperando por uma devida consagração crítica e de público de sua imensa obra, com mais de trinta títulos até o momento. Filho de Torquato Rodrigues Machado — falecido — e de Maria de Lourdes Diniz Machado, tem dois irmãos: Mauro e Dauro. É casado com a escritora Arlete Nogueira da Cruz, com quem tem um filho, Frederico da Cruz Machado. Poeta autodidata, com formação de nível médio, tem um vasto conhecimento de filosofia e arte em geral, principalmente literatura e cinema. É fluente em língua francesa. Cursou o primário, ginasial e científico no Colégio São Luís, em sua terra natal, tendo feito um semestre, quando criança, no Colégio Mallet Soares do Rio de Janeiro. Morou sempre em São Luís, apenas saindo por breves períodos, sobretudo para o Rio de Janeiro, onde publicou boa parte de seus livros. É autor de mais de trinta títulos em poesia, com alguma incursão na crítica literária e ensaios sobre escritores maranhenses. Trabalhou como funcionário público em diversos órgãos, como SAM, SESP, Secretaria de Agricultura do Maranhão, EMATER, SIOGE, SURCAP, DETRAN e a Secretaria de Cultura do Maranhão. Dedicou a sua vida inteiramente à poesia, para ele uma questão ontológica, de definição do ser. Com grande e admirável fortuna crítica — a maior entre seus pares de geração —, é detentor de alguns prêmios relevantes, entre eles o Prêmio de Poesia da Cidade de São Luís, no qual foi laureado várias vezes, o da Associação Paulista de Críticos de Arte (1982), o da Academia Brasileira de Letras (1999) e o da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (2000). Seu nome é verbete em dicionários e enciclopédias nacionais e internacionais, incluído em inúmeras antologias brasileiras, com diversos poemas seus traduzidos para o alemão, inglês, francês e catalão, em revistas e antologias internacionais. Obras de Nauro Machado: Campo sem base (1958); O exercício do caos (1961); Do frustrado órfico (1963); Segunda comunhão (1964); Ouro noturno (1965); Zoologia da alma (1966); Necessidade do divino (1967); Noite ambulatória (1969); Do eterno indeferido (1971); Décimo divisor comum (1972); Testamento provincial (1973); A vigésima jaula (1974); Os parreirais de Deus (1975); Os órgãos apocalípticos (1976); A antibiótica nomenclatura do inferno (1977); As órbitas da água (1978); Masmorra didática (1979); Antologia poética (1980); O calcanhar do humano (1981); O cavalo de Tróia (1982); O signo das tetas (1984); Apicerum da clausura (1985); Opus da agonia (1986); O anafilático desespero da esperança (1987); A rosa blindada (1989); Mar abstêmio (1991); Lamparina da aurora (1992); Funil do ser (1995); A travessia do Ródano (1997); Antologia poética (1998); Túnica de Ecos (1999); Jardim de infância (2000); Nau de Urano (2002); A rocha e a rosca (2003); Pão maligno com miolo de rosas (2005).
elenco@germinaliteratura.com.br
Postado por Corte Suprema de Bruxos & Bruxas do MA às 16:44 1 comentários
Marcadores: Machado, maranhense, Nauro, poesia, Poeta
domingo, 7 de outubro de 2007
CONCURSO DE CONTOS
Quem desejar se inscrever para o concurso de
contos é só mandar, via email, seus dados(nome, idade, telefone e link do orkut)
a casa a qual pertence e seu conto.
Escrevam com amor e BOA SORTE!!!!
Postado por Corte Suprema de Bruxos & Bruxas do MA às 07:46 0 comentários
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
TRUFAS E RIFAS
O sorteio será 13 de Outubro no Cabeça de Javali.
Compre! Divulgue! Colabore!! Seja fã de verdade!
Faça com que o evento aconteça!
Seja da Armada!!!
Rifa:
3 volumes da série:
Harry Potter e a pedra filosofal;
Harry Potter e a camara secreta;
Harry Potter e o Calice de Fogo.
Custo R$ 1,00 e você concorre a todos esses livros, entre em contato com a corte
ou compareça a reunião no sábado as 16h30 para adquirir a sua.
E também compre as trufas deliciosas e encantadas da corte,
O I ENCONTRO CULTURAL-LITERÁRIO POTTERIANO DO MARANHÃO precisa de você,
ajude e seja da armada!!!!!
Postado por Corte Suprema de Bruxos & Bruxas do MA às 10:27 0 comentários